sábado, 4 de outubro de 2014

Um Acordo de Cavalheiros

Bom, como 3D&T, ao menos ao meu ver e de meus jogadores, é um sistema bem flexível, foi preciso fazer certos ajustes e acertos do sistema e mesmo do cenário. Perdoem este pobre pecador pelo sacrilégio de modificar o fantástico setting de Brigada Ligeira Estelar, porém, minha função primária é agradar os jogadores.

Portanto, foi feito um acordo de cavalheiros. Algumas vantagens/desvantagens caseiras foram implementadas; e estas serão explicada conforme apareçam pelo jogo. Mas quem mais sofreu mesmo foi o pobre do sistema, devido a demandas dos jogadores. Este post vem explicar essa segunda parte; os princípios básicos e definições do Cenário para que se possa melhor entender o que está se passando em nossos registros:


1º Cenário ainda mais cinza:

Por mais que o cenário já seja cinza, permeado por intensas intrigas políticas, crimes, traidores e conflitos; os jogadores vieram a reclamar que a Brigada Ligeira Estelar parecia muito no espectro "bondoso" e os proscritos no espectro "maligno" da escala.

Como não posso aliviar para os Proscritos, foi preciso afastar um pouco mais a brigada do espectro "bom" da escala. Não que antes não houvesse  maçãs podres nem defeitos dentro da corporação, contudo; nesta campanha a Brigada é um tanto mais cinza que costumaria ser.

Algumas personagens, como a Princesa Regente de Forte Martim, Adelaide D’Altoughia, são representadas de forma mais sombria; e talvez até certos NPCs apresentados...


2º Faixa Etária:


Por mais que a lei da Primeira Maior Idade aos 14 anos seja mantida, no geral a faixa etária foi elevada. Apesar de ter explicado os motivos do cenário permitir a adolescentes pilotar Robôs gigantes, não adiantou muito. Aparentemente o medo de "pirralhos" empunhando armas de destruição em massa foi muito grande. E ainda havia a sombria possibilidade de matarem jovens, que é, admitamos, bem pesada.

E ainda por cima, os jogadores quiseram jogar com personagens mais velhas (a mais jovem teria 17 anos), portanto, a faixa etária do cenário acabou por ser naturalmente elevada.

3º Tecnologia:

Bom, o quanto a tecnologia é avançada em diversas áreas é deixado um tanto de lado nas explicações do cenário. Apesar delas serem suficientes, algumas lacunas são deixadas, pois não importa o quão bom um cenário seja, é impossível cobrir todas as brechas. Listarei abaixo alguns dos pontos arbitrados:

-As telecomunicações funcionam quase como hoje em dia. Há internet, Televisão e Rádio. Porém, estas só funcionam bem dentro de cada planeta, tendo cada um sua própria internet, redes de televisão e rádios. Haveria ainda a Exonet, uma "internet" ligando as "internets" dos planetas. Isto foi decidido pois quase toda comunicação se dá através de ondas eletromagnéticas (OEMs); cuja velocidade é a da luz (que, não esqueçamos, também é uma OEM). Supondo uma ingênua distância de 10 anos luz entre um planeta habitado e outro quaisquer; e ignorando incontáveis fatores que afetariam a integridade das informações, teríamos 10 anos entre o envio de uma mensagem e sua recepção. Imagine o quão alto seria seu ping ao jogar online com seus amiguinhos de outros planetas XD. Isto foi feito por duas razões: para ressaltar a importância dos courriers e explicar o grande controle de informações que se consegue na Constelação do Sabre. Mas então como funciona a exonet? Ela tem um ping absurdo? Não! Para nossa alegria, há Modens de Partículas em Acoplamento quântico, que são capazes de transmitir, mesmo que a uma taxa relativamente baixa, informações por longas distâncias.

-Como já é dito no cenário (A Constelação do Sabre Vol. 2), robôs humanóides inteligentes são Tabu. A justificativa para tal é que supostamente houve problemas com máquinas inteligentes demais num passado nebuloso, uma guerra.

-Ainda por cima, para evitar a apelação que seriam nanomáquinas, foi dito que tais pesquisas eram um tabu da mesma forma, pois seriam assassinos silenciosos e eficazes demais para não serem usados. Nanomáquinas ainda são empregadas, mas de forma muito rudimentar e simples; que não pode avançar pela proibição da pesquisa nessa área, pois todos temem que o pior possa acontecer; que a constelação acabe por sucumbir a uma grande Praga Cinza.

-Invisibilidade total ainda não foi alcançada. Os objetos teriam que possuir a mesma constante dielétrica do meio em que estão imersos para não serem de alguma forma detectados; mesmo a grandiosa Estação Dâmocles, possui alguns pontos fracos que são Segredo de Estado.

-Há smartphones, tablets, óculos de realidade ampliada, smartwatches e afins. Os jogadores têm acesso a eles para fazer sua comunicação, mas dependem de redes locais. Há ainda rádios definidos por software que podem usar para comunicação independentemente das redes de telefonia/internet locais. Se estiverem em seus mechas, supõe-se que estes possuem as mesmas tecnologias facilitadoras; porém, o inimigo pode interceptar suas comunicações ou mesmo impedí-las

-Biotecnologia. Bom, se há animais geniticamente modificados para possuírem inteligência humana; creio que os habitantes da constelação já conheçam a clonagem há um bom tempo. Porém esta também é tratada como tabu.

-Laser. O laser é tratado como dever ser. Silencioso, Ágil e mortal. Em combates próximos, o tempo entre o disparo e o acerto é considerado nulo.

-Sistemas de Detecção de Vida. É considerado que existem. Hoje em dia já há sistemas capazes de detectar tropas em deslocamento há uma boa distância; ao menos isso os habitantes da Constelação devem ter. Sei que as tecnologias não são a mesma, porém, é divertido considerar que eles possuem tais sistemas; com algumas limitações. Paredes espessas interferem em suas medições.

4º Religião:

Bom, outra questão não muito clara no cenário é: como são os sistemas de religião vigentes? Há os Mondragor e outros sistemas de fé; que são diferentes entre si. É dito que há certos problemas com religiosos, pela lembrança de interferência das religiões em políticas e de superpopulação que alguns sistemas de crença levariam.

Assumiu-se portanto que grande parte dos habitantes ou são ateus ou são deístas. Há aqueles que seguem os incontáveis sistemas religiosos, dentre os quais predominariam ramos que teriam evoluído das Religiões abraâmicas da lendária Terra. Haveria ainda outras, que teriam evoluído de diversas outras crenças, porém, como é a "cultura europeia" que predomina, assim considerou-se.

5º Viskey:

Viskey é um planeta engraçado. Atraiu uma certa atenção minha e dos jogadores, porque era cheio de orientais, mas comportava-se como uma nação ocidental. Devido a pressões dos jogadores, me vi obrigado a torná-lo mais exótico, mais japonês. Assim, tive de reduzir o papel cultural do planeta na constelação, apesar dele ter crescido com Yoli Falconeri (e ainda estar se expandindo) e fazê-lo à imagem  da Era Meiji, que seria um meio termo desejável entre a imagem oficial e a imagem de um Japão feudal desejada.

6º Outras mudanças:

Há várias outras mudanças, as quais serão explicitadas sempre que aparecerem e não forem spoiler da campanha, claro. Temos como melhor exemplo o tempo da Guerra Civil em Forte Martim, que foi aumentado um pouco, para termos um pessoal mais velho e veterano; como o próprio Dom Fúlvio, que neste cenário seria um Coronel de 47 anos; ex-membro da Brigada Ligeira Estelar e Comandante de uma unidade  de Inteligência da Guarda Regencial de Forte Martim. Pois é.

Ass-- O Mestre




PS: Não me apedrejem violentamente; por favor T_T

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